A Sociedade Filarmónica de Educação Recreio e Beneficência União Ribeirense foi fundada em 25 de Maio de 1952, com sede em Santa Bárbara – Ribeiras, tendo contribuído durante 55 anos para o ensino, promoção e divulgação da música, nomeadamente na formação de jovens.
A sua fundação deve-se, essencialmente, a Manuel Brão, Manuel de Rita e João Azevedo, tendo este último sido o primeiro presidente da primeira direcção oficialmente constituída.
Inicialmente com 15 tocadores, alguns dos quais entre nós e outros já falecidos, foi seu primeiro regente o professor Ernesto Peixoto, sendo madrinha sua filha Maria Lídia Peixoto. Outros regentes passaram pela União Ribeirense, nomeadamente Ernestino Peixoto, Gil Xavier, Manuel Xavier, Manuel Norberto Brum, Padre Trigueiro, José Fernando Costa, Manuel Eduardo Alvernaz, Manuel Simas Sousa e presentemente Helder Azevedo.
Os Estatutos da Sociedade foram aprovados a 4 de Julho de 1953, sendo a direcção constituída pelos seguintes elementos: João Ferreira de Azevedo, João Teles de Macedo, Manuel Brum Alvernaz, Manuel Moniz Soares, João Moniz Soares e Manuel Ferreira de Azevedo.
A sua escola de música, que teve o seu embrião em Manuel de Rita, foi durante muitos anos dirigida por Laurentina Simas Brum. Actualmente o ensino da música é ministrado pelos seguintes formadores, actual maestro Pedro Sobral Santos que tem a seu cargo a coordenação da escola de música, formação musical, aulas de trompa, bombardino e trombone, João Magalhães com a formação musical, Márcio Costa com os trompetes, Helder Azevedo com as flautas e Sax’s, Rui Vilela com os clarinetes e Rui Silva com a percussão.
Constituída actualmente por 65 elementos, a União Ribeirense tem no seu historial várias deslocações, nomeadamente à Casa dos Açores do Norte, a convite da Câmara Municipal das Lajes do Pico, onde confeccionou e abrilhantou uma função ao Divino Espírito Santo, sem esquecer as deslocações a todas as ilhas dos Açores, quatro intercâmbios, um com a Filarmónica da Abrigada, Concelho de Alenquer, ao abrigo do Programa Infante D. Henrique, um com a Filarmónica do Crato, Distrito de Portalegre, um com a Banda 25 de Março da Freguesia de Lamas, concelho de Macedo de Cavaleiros, Distrito de Trás-os-Montes, um com a Banda da Quinta do Picado do concelho e Distrito de Aveiro, um com a Banda da Associação dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova da Barquinha do mesmo concelho do Distrito de Santarém, um com a Banda de Pedrogão Grande, e uma com a Banda Musical de Calvos, bem como, a participação em cerimónias e eventos culturais oficiais e particulares, nomeadamente: encontros de Bandas, animação cultural, concertos em várias localidades e festas tradicionais em toda a ilha.
A Filarmónica União Ribeirense que, praticamente desde a sua fundação, possui sede própria, tendo sofrido remodelações profundas, restando da antiga construção apenas a fachada principal, é uma obra de vulto que se deve, essencialmente, ao trabalho, carolice e sacrifício de quem se dedica à Filarmónica: músicos, sócios, amigos, emigrantes, anónimos e às entidades oficiais, nomeadamente a Direcção Regional da Cultura, a Junta de Freguesia das Ribeiras e, especialmente, a Câmara Municipal de Lajes do Pico.
Neste momento, a sua sede reúne já boas condições, embora ainda faltem alguns acabamentos. Discutível, sem dúvida, é o seu projecto, uma vez que foi desenvolvido tendo a preocupação de ir ao encontro de algumas carências da comunidade de Santa Bárbara, nomeadamente as festas do Divino Espírito Santo.
Tradicionalmente fardada de azul e branco, a União Ribeirense, ex-libris de Santa Bárbara, continuará a ser o seu orgulho.